segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nova Ordem Mundial

Bom, trata-se da anunciada Nova Ordem Mundial, cuja existência, a esquerda convencional insiste em negar, porque isso seria admitir a idéia de conspirações geopolíticas e negar o fatalismo histórico (nos termos clássicos, seria determinismo histórico, mas os meninos tratam o determinismo não como o encadeamento normal de causas e efeitos, e sim como uma fatalidade ex-machina – o que acaba despreocupando todo o mundo, pois o que tiver que ser, será).

O Club de Bilderberg existe, assim como existiu Bretton Wood, assim como existiu a conspiração da obsolescência industrial programada para sustentar a sociedade de consumo, que vem empurrando o mundo para uma nova rodada do velho mercantilismo alicerçado num sistema financeiro virtual e abstrato, dentro do qual os seres vivos estão sobrando.

80% da humanidade atual está votada ao extermínio, daí a ênfase no catastrofismo ecológico, o conto da conta de Carbono, o conto do término dos combustíveis fósseis, o conto dos peidos desequilibradores do clima, – que justificariam a eliminação dos grandes rebanhos, e uma fome universalmente democrática, a ser combatida por nuvens de gafanhotos criados especialmente para liquidar com os vegetais que sobrassem da eliminação do CO2 livre na atmosfera e do sol tampado por partículas de cinza para dificultar a fotossíntese… seja, Geotecnologia e Nanotecnologia.

Não é determinismo histórico. É guerra mundial em termos modernosos, em que os países estão sendo tornados obsoletos, e os contendores serão ricos e pobres, no mais tradicional dos combates.

Essas manifestações de rua, embora simpáticas, não enfocam a contradição principal Capital e Trabalho – porque se estribam nos ideais classe média, que enfatiza muito mais suas impressões subjetivas que as condições objetivas.

Não adianta ocupar ruas: a ocupação deve ser feita nos locais de produção de valor. Nossas greves nunca vão muito longe, porque são feitas mediante absenteísmo e não em termos de ocupação e autogerenciamento das atividades.

É muito mais difícil e mais duro. Mas é imprescindível para se avançar qualquer passo.

Tania Faillace

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