quinta-feira, 6 de junho de 2013

Kennedy


Kennedy esforçava-se em consolidar regimes terroristicos enquanto essenciais no seu programa de reforçamento dos aparatos repressivos no inteiro continente latino americano. Recorda Alfredo Vasquez Carrizosa, presidente da Comissão Colombiana para os Direitos Humanos: ''Atrás da fachada de um regime constitucional tivemos uma sociedade militarizada em estado de sítio''. [...] O resultado disso foi miséria e violência. Nos anos '60, os EUA dedicaram-se na converção das nossas tropas regulares em brigadas para a repressão de insureições, segundo a nova estratégia dos esquadrões da morte'', conhecida como Doutrina de Segurança Nacional, modus operandi do establishment militar: combater o inimigo interno, exterminar, torturar, assassinar, sequestrar e fazer desaparecer homens e mulheres que não aceitem o sistema e que passam a ser chamados –indiscriminadamente—de extremistas comunistas, subversivos e terroristas. A Lei de Segurança Nacional, controlada pelos militares com a sua bagagem de sangue, terror e morte, representa uma das duas mais importantes heranças deixadas por JFK aos latinoamericanos; a outra foi a Aliança para o Progresso, um sucesso para os investidores estrangeiros e elites internas mas uma catástrofe do ponto de vista social.» fonte: Chomsky --- E aqui chego ao financiamento citado pelo jornalista; boa parte daquela cifra foi usada para aliciamento e corrupção. A elite dos EUA, cancro no corpo da comunidade humana desse planeta, financiou aquele programa com dinheiro nosso, produzido com a fadiga de milhões de brasileiros. O pária San Thiago Calhorda Dantas (ex-integralista e advogado do grupo Rockfeller) era o ministro da Fazenda, uma raposa tomando conta do galinheiro. Pois foi essa a situação que Jango herdou do Janio... (fonte: Moniz Bandeira) --- Em sintonia a entrevista do Mitrione naquela página. «The precise pain, in the precise place, in the precise amount, for the desired effect» era o mote do famigerado torturador italiano Daniel (Dan) Mitrione, emigrado nos EUA. A CIA estabelecera extensa rede subversiva apoiada por latifundiários, comerciantes, industriais, empresários e radicais da direita, para atos de terror e sabotagem, lutas de guerrilhas e antiguerrilha. Havia campos de treinamento e vários depósitos de material bélico em fazendas e igrejas, pelo país. Os extremistas da direita eram: Ação de Vigilantes do Brasil, Grupo de Ação Patriótica, Patrulha da Democracia (formava grupos de 15 "democratas" nos locais de trabalho, condomínios, bairros, clubes e até nas igrejas), Mobilitação Democrática Mineira e outras matilhas que surgiam e operavam em todos os Estados, como milícias fascistas, em crescente processo de irradiação. Foi em Minas Gerais, à sombra da policia federal onde esses cães adestrados mais se desenvolveram. O adestramento estava sob a responsabilidade do Dan Mitrione.

Michael Moore não escreve para convencer ''incautos''. - Michael: «Sempre entendi que o conceito do dinheiro que gera dinheiro criara uma classe de gente gananciosa, preguiçosa, que nada produz além de miséria e medo para os pobres. Eles inventaram meios de comprar empresas menores, para imediatamente as fechar. Inventaram esquemas para jogar com as poupanças e aposentadorias dos pobres, como se dinheiro dos outros fosse dinheiro deles. Exigiram que as empresas sempre registrassem lucros (o que as empresas só conseguiram porque demitiram milhares de trabalhadores e acabaram com os serviços de saúde pública para os que ainda tinham empregos). Decidi que, se ia afinal ‘ganhar a vida’, teria de ganhá-la com meu trabalho, meu suor, minhas ideias, minha criatividade. Eu produziria produtos tangíveis, algo que pudesse ser partilhado com todos ou de que todos gostassem, como entretenimento, ou do qual pudessem aprender alguma coisa. Meu trabalho, sim, criaria empregos, bons empregos, com salários decentes e todos os benefícios de assistência médica. -- Continuei a fazer filmes, a produzir séries de televisão e a escrever livros. Nunca iniciei um projeto pensando “quanto de dinheiro posso ganhar com isso?”. Nunca deixei que o dinheiro fosse a força que me fizesse fazer qualquer coisa. Fiz, simplesmente, exatamente o que queria fazer. Essa atitude ajuda a manter honesto o meu trabalho – e, acho, ao mesmo tempo, resultou em milhões de pessoas que compram ingresso para assistir aos meus filmes, assistem aos programas que produzo e compram meus livros. -- E isso, precisamente, enlouqueceu a Direitona. Como é possível que alguém da esquerda tenha tanta audiência no ‘grande público’?! Não pode ser! Não era para acontecer (Noam Chomsky, infelizmente, não aparece na lista dos 10 programas mais vistos da televisão; e Howard Zinn, espantosamente, só chegou à lista dos mais vendidos do New York Times, depois de morto). Assim opera a mídia-máquina. Está regulada para que ninguém jamais ouça falar dos que, se pudessem, mudariam todo o sistema, para coisa muito melhor. Só liberais babacas, que vivem de exigir cautela e concessões e reformas lentas, aparecem com os nomes impressos nas páginas de editoriais dos jornais ou nos programas da televisão aos domingos. -- Eu, de algum modo, encontrei uma brecha na muralha e meti-me por ali. Sinto-me abençoado, podendo viver como vivo – e não ajo como se tudo fosse garantido para sempre. Acredito nas lições que aprendi numa escola católica: que se você se dá bem, maior a sua responsabilidade por quem não tenha a mesma sorte. “Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.” Meio metido a comunista, eu sei, mas a ideia é que a família humana existe para partilhar com justiça as riquezas da terra, para que os filhos de Deus passem por essa vida, com menos sofrimento.

“Você está rico por causa do capitalismo!” – eles gritam. Não. Não assistiram as aulas de Economia I? O capitalismo é um sistema, um esquema ‘pirâmide’ que explora a vasta maioria, para que uns poucos, no topo, enriqueçam cada vez mais. Fiz meu dinheiro, à moda antiga, honestamente, fabricando produtos, coisas. Nuns anos, ganho uma montanha de dinheiro, noutros anos, como o ano passado, não tenho trabalho (nada de filme, nada de livro); então, ganho muito menos. “Como é que você diz defender os pobres, se você é rico, exatamente o contrário de ser pobre?!” É o mesmo argumento de quem diz que, “Você nunca fez sexo com outro homem! Como pode ser a favor do casamento entre dois homens?!" -- Penso como pensava aquele Congresso só de homens que votou a favor do voto para as mulheres, ou como os muitos brancos que foram às ruas, marchar com Martin Luther Ling, Jr. (E lá vêm a Direitona, aos gritos, ao longo da história: “Hei! Você não é negro! Você nem foi linchado! Por que está a favor dos negros?!”). Essa desconexão impede que os Republicanos entendam por que alguém dá o próprio tempo ou o próprio dinheiro, para ajudar quem tenha menos sorte. É coisa que o cérebro da Direitona não consegue processar. “Kanye West ganha milhões! O que está fazendo lá, em Occupy Wall Street?!”. Exatamente – lá está, exigindo que aumentem os impostos cobrados dele mesmo. Isso, para a Direitona, é definição de loucura. Todo o resto do mundo somos muito gratos que gente como ele se tenha levantado, ainda que – e sobretudo porque – é gente que se levantou contra seus pessoais interesses financeiros. É precisamente a atitude que a Bíblia que aqueles conservadores tanto exaltam por aí exige de todos os ricos. --- Naquele dia distante, em novembro de 1989, quando vendi meu primeiro filme, um grande amigo meu disse o seguinte: “Eles cometeram erro muito grave, ao entregar tanto dinheiro a um sujeito como você. Essa grana fará de você homem perigosíssimo. É prova do acerto do velho dito popular: ‘Capitalista é o sujeito que vende a você a corda para enforcar ele mesmo, se achar que, na venda, ele pode ganhar algum.”» Fonte: ''Carta'', Michael Moore Blog, http://www.michaelmoore.com/words/mike-friends-blog/life-among-1

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