Em protesto, professores lecionam na rua
Neste sábado assisti pela manhã a uma aula de história de Madri
em pleno Paseo del Prado, a rua dos museus da cidade. Na hora do
almoço, ouvi o escritor galego Carlos Taibo falar a estudantes de
Ciência Política em plena Porta do Sol, a principal praça madrilenha.
Dali, segui ao Templo de Debod, um parque onde professores de física
instalaram telescópios para observação do sol e lecionaram sobre o astro
a pessoas que passavam por ali.
Essas foram algumas das cerca de 500 aulas que professores de todas as universidades públicas de Madri lecionaram a céu aberto neste sábado na capital espanhola. Foi a segunda edição de um protesto bem singular de professores e alunos universitários contra os cortes em educação.
Desta vez, no entanto o “protesto” foi bem mais amplo. Na primeira edição, em outubro, como contei aqui, foram 123 professores de uma das universidades madrilenhas, a Complutense de Madri. Desta vez, a iniciativa mobilizou mais de 500 deles, e de todas as instituições públicas de ensino superior de Madri.
A próxima edição, que acontece em junho, já terá âmbito nacional, segundo anunciaram ontem os organizadores.
A ideia deles é mostrar a quem está fora da vida acadêmica o que se está produzindo e lecionando nas universidades de Madri, para que “a cidadania seja consciente que não pode haver uma sociedade democrática e avançada sem uma boa universidade, pública”, segundo o manifesto distribuído e lido pelos palestrantes ao início de cada aula.
Esta era, ao menos nas aulas que eu assisti, a única referência à política do governo contra a qual protestavam. No resto do tempo, professores e assistentes se preocuparam mais em discutir a ementa anunciada que falar de crise.
Mesmo assim, a comunidade acadêmica vive tempos de guerra contra o governo pelos cortes em educação e o aumento das taxas universitárias. Aqui na Espanha, alunos são cobrados, em uma pequena parte, para ingressar em cursos de graduação e pós-graduação.
O que o governo Rajoy fez foi aumentar essas taxas em até 50% no ano passado. O que, segundo noticiou o “El País” neste domingo, já provocou uma queda –a primeira em seis anos– de 8% nas matrículas em cursos de pós-graduação.
Essas foram algumas das cerca de 500 aulas que professores de todas as universidades públicas de Madri lecionaram a céu aberto neste sábado na capital espanhola. Foi a segunda edição de um protesto bem singular de professores e alunos universitários contra os cortes em educação.
Desta vez, no entanto o “protesto” foi bem mais amplo. Na primeira edição, em outubro, como contei aqui, foram 123 professores de uma das universidades madrilenhas, a Complutense de Madri. Desta vez, a iniciativa mobilizou mais de 500 deles, e de todas as instituições públicas de ensino superior de Madri.
A próxima edição, que acontece em junho, já terá âmbito nacional, segundo anunciaram ontem os organizadores.
A ideia deles é mostrar a quem está fora da vida acadêmica o que se está produzindo e lecionando nas universidades de Madri, para que “a cidadania seja consciente que não pode haver uma sociedade democrática e avançada sem uma boa universidade, pública”, segundo o manifesto distribuído e lido pelos palestrantes ao início de cada aula.
Esta era, ao menos nas aulas que eu assisti, a única referência à política do governo contra a qual protestavam. No resto do tempo, professores e assistentes se preocuparam mais em discutir a ementa anunciada que falar de crise.
Mesmo assim, a comunidade acadêmica vive tempos de guerra contra o governo pelos cortes em educação e o aumento das taxas universitárias. Aqui na Espanha, alunos são cobrados, em uma pequena parte, para ingressar em cursos de graduação e pós-graduação.
O que o governo Rajoy fez foi aumentar essas taxas em até 50% no ano passado. O que, segundo noticiou o “El País” neste domingo, já provocou uma queda –a primeira em seis anos– de 8% nas matrículas em cursos de pós-graduação.
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